Imprevistos na rotina: o home office é válido?

19 de fevereiro de 2010 às 00:09
Por Eliane Figueiredo - www.administradores.com.br


O recente episódio das enchentes que causaram grandes transtornos no Brasil trouxe à tona a discussão de um assunto antigo: como as empresas e os profissionais devem se comportar em casos de imprevistos graves?
Embora pareça simples entender que uma situação como essa não pode ser evitada, muitos profissionais e muitos gestores ainda têm dúvidas sobre como proceder nessas situações que impactam na rotina da empresa.

Infelizmente, trata-se de um episódio comum, pelo menos para grande parte dos moradores de São Paulo. Em um dia que tinha tudo para ser absolutamente normal, uma chuva inesperada prejudica o trânsito e os deslocamentos de grande parte da população. Impossibilitados de chegar ao trabalho, os profissionais se veem diante da dúvida: seria melhor trabalhar de casa ou tentar chegar ao local de trabalho, sob risco de permanecer boa parte do dia a caminho da empresa?

À primeira vista, a prática do home office é a melhor alternativa para solucionar a questão. Trabalhando de casa, o profissional tem a oportunidade de otimizar o tempo, com qualidade de vida e economia para si mesmo, uma vez que não gasta o dinheiro referente ao transporte, por exemplo. Considerando o quesito segurança, o home office também mostra-se benéfico, assim como com relação aos aspectos ligados à satisfação pessoal, principalmente no caso de mães profissionais.

No entanto, vale ressaltar que nem todo mundo tem o perfil adequado para este modelo. Para se adequar ao home office, o profissional precisa ser disciplinado com relação à administração do tempo, ter autonomia, foco e comprometimento com os resultados.
Além disso, no caso específico de uma dificuldade inesperada, outros pontos sobre a rotina do profissional são decisivos na opção pelo home office ou pela ida ao trabalho. Se o profissional tem uma posição de atendimento, o ideal é sempre tentar chegar ao local de trabalho o quanto antes, não importando a hora em que isso seja possível. Esse esforço adicional é extremamente importante para que o seu papel com relação ao público ou clientes seja cumprido, apesar das dificuldades.

Já em casos em que o profissional está sendo aguardado, ele deve se desculpar e informar que chegará atrasado. Quando possível, pode verificar, paralelamente, se existe alguém na empresa que possa substituí-lo no evento. As "conference calls" também são viáveis nesse tipo de imprevisto, uma vez que agilizam e tornam possível a realização da reunião não presencial.

Seja qual for o caso, um profissional responsável não deve deixar seu superior, ou a pessoa com quem agendou a reunião esperando, sem retorno. É importante lembrar que todos entendem situações como o blecaute ou as chuvas fortes. Porém, ligar para avisar sobre a opção pelo home office, o atraso ou o adiamento de uma situação profissional está muito mais relacionado à imagem do profissional do que à calamidade na região.
São em situações inesperadas que o bom profissional destaca-se, tanto pela agilidade com que resolve as pendências quanto pela flexibilidade e capacidade de solucionar um imprevisto no seu dia a dia.

*Eliane Figueiredo é diretora da Projeto RH

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