Concluir um curso de graduação é uma tarefa que requer muita dedicação, o que nos proporciona uma sensação de poder ser e fazer o que se planeja. As pessoas que convivem com o formando se sentem bastante orgulhosas pelo fato deste ter conquistado o feito após longa caminhada durante o curso.

Por José Carlos Souto e Silva

Concluir um curso de graduação é uma tarefa que requer muita dedicação, o que nos proporciona uma sensação de poder ser e fazer o que se planeja. As pessoas que convivem com o formando se sentem bastante orgulhosas pelo fato deste ter conquistado o feito após longa caminhada durante o curso, onde foram superadas situações difíceis, porém transponíveis.

Antes de receber a graduação, representada pelo certificado, o graduando passa por uma série de avaliações e durante essas avaliações grande parte do conteúdo assimilado será utilizado na composição da monografia, que nada mais é do que um trabalho científico que faz parte de uma das disciplinas do curso independente das demais.

Durante o processo de construção da monografia, as idéias fluem na mente do construtor do trabalho naturalmente. O problema é que muitas vezes a pessoa não tem habilidade para administrar essas idéias. A dificuldade reside em ordenar esse conteúdo e transferi-lo para o papel. Nessa situação de desespero e sofreguidão para concluí-la o mais rápido possível, ele imagina que não terá conteúdo para utilizar na monografia.

Um dos fatores que contribuem para o fracasso dessa batalha é o fato de ele estar preocupado com a composição da banca avaliadora. Ele se deixa influenciar pelo medo infausto e colossal de determinado professor que irá compor o grupo de avaliadores, enquanto na realidade a atenção deve ser redobrada na busca por bibliografia e artigos com conteúdo para seu trabalho científico de modo que ele possa fazer uma ótima apresentação. As citações de autores deverão ser feitas de forma consentânea, seguindo todas as regras e normas técnicas. O fato de um professor temido por este acadêmico fazer parte da banca não deve ser motivo para alterações de espírito, causando desespero e problemas de ordem psicológica durante a apresentação da monografia. Essa concepção errônea a respeito do professor surge pelo fato deste ser exigente no que pede ou propõe naquele ambiente acadêmico, valendo lembrar que a exigência faz parte das incumbências de todo e qualquer professor.

Durante a apresentação, nenhuma outra pessoa terá maior facilidade para expor o resultado da pesquisa a não ser ele, o construtor do trabalho acadêmico; afinal, este acadêmico dedicou várias horas e muitos dias para a realização deste feito. Portanto, poderá ele fazer a apresentação de forma intrépida e segura do assunto.

O processo de inserir conteúdo no trabalho é um momento em que tudo deve ser feito com esmero e estar atento de modo que não se cometa deslizes gritantes. O suporte é dado pelo orientador, que irá dirimir dúvidas que surgem à medida que o trabalho vai ganhando forma e volume. Existem casos em que a relação entre orientador e orientando se torna conflituosa em função de cortes feitos pelo orientador na pesquisa, onde o mesmo, por sua vez, elimina redundâncias e partes improfícuas para a "obra" acadêmica.

Fugir da responsabilidade durante o processo de seleção de material é algo comum entre os acadêmicos, ou seja, ele encontra dificuldades para dar continuidade ao trabalho e entra em estado de inércia por um curto espaço de tempo, dedicando atenção a outras coisas, como passeios, festas, etc. Em seguida ele se recupera e reúne forças para dar continuidade à execução do trabalho.

Ter o hábito da leitura contribui bastante para a absorção de conhecimento, melhora a redação e estimula o desenvolvimento de idéias. Isso faz com que as idéias que surgem a todo instante sejam aproveitadas e transferidas de imediato para o referido trabalho. A leitura nos proporciona ter a capacidade de adquirir segurança, solidez e discernimento ao expormos o nosso entendimento acerca do que propomos através do resultado de nossos trabalhos de pesquisa acadêmica.

Dependendo do local e das condições financeiras do acadêmico, a busca por bibliografia se torna exaustiva. A indisponibilidade de livros é compensada com a utilização de fonte sucedânea, possibilitando assim que o trabalho de conclusão de curso não tenha partes importantes amputadas de seu conteúdo.

Ainda que o acadêmico esteja habituado à rotina de apresentação de seminários na faculdade, inevitavelmente ele será acometido pelo "frio" na barriga no momento da apresentação. Ele deverá ter em mente que o momento é aquele e que não há como voltar atrás. A oportunidade de seguir adiante está ali.

A recompensa vem logo depois de toda essa fase de angústia e ansiedade com a cerimônia de formatura, onde todos estão reunidos em estado de total realização e alegria visível nos olhos e sorrisos de todos eles, tendo superado a fase anterior e adquirido experiências diversas. Os quatro anos de intenso trabalho acadêmico resumem-se naquele momento de ansiedade e emoção para receber o tão sonhado diploma.

Escrito por: José Carlos Souto e Silva
Email: josecarllos.ses@gmail.com