Empresa Júnior: uma revolução francesa

Nascido na França, o movimento de jovens empreendedores se difundiu no mundo e hoje é um importante espaço de aprendizagem para o universitário conhecer o mercado

Por Simão Vieira, Administradores.com.br

Os paradigmas que regiam o mundo até a metade do século XX sofreram uma grande reviravolta nos anos 60, com a difusão dos ideais revolucionários que explodiram na França no fim daquela década.

As passeatas, os confrontos e as frases de efeito ganharam o mundo através do noticiário e da arte, numa época em que a cultura francesa estava tão presente na agenda internacional quanto a norte-americana está hoje. Mas o que pouca gente sabe é que naquele mesmo período e lugar nascia a iniciativa que revolucionou a forma da academia se relacionar com o mundo dos negócios: o MEJ – Movimento Empresa Júnior.

Criado em 1967 com o objetivo de realizar estudos de mercado para empresas, o MEJ logo ultrapassou as fronteiras francesas e se espalhou por outros países europeus. Em 1988 ele chegou ao Brasil, trazido pela Câmara de Comércio e Indústria Franco-Brasileira. Por aqui, as primeiras instituições a aderir ao movimento foram a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Hoje, as Empresas Juniores atuam como um importante espaço de aprendizagem, onde os estudantes têm a possibilidade de atuar e conhecer o modus operandi do mercado ainda durante a graduação.

Por que vale a pena?

A experiência com a realidade do mercado, quanto mais cedo acontecer, melhor. Com as responsabilidades de qualquer empresário experiente, os estudantes que atuam em Empresas Juniores têm a possibilidade de aprender desde cedo a lidar com os desafios cotidianos no mundo dos negócios. Para o professor-doutor Luís Moretto Neto, do curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a experiência prática é fundamental. "Na sociedade contemporânea a visão empreendedora é um fator crítico de sucesso e, nos cursos regulares, esta dimensão nem sempre é trabalhada. Na Empresa Júnior o participante experimenta o processo e entende as dificuldades de empreender no contexto econômico nacional", afirma.

O desenvolvimento de aptidões importantes para a carreira de empreendedor é outro fator importante que o professor destaca. "O participante (da empresa júnior) aprende a trabalhar em equipe, a cumprir prazos e a alcançar as metas, sendo que este é o quadro do mundo das organizações e é neste contexto que o egresso do Ensino Superior necessita estar habituado", afirma Moretto Neto.

MEJ em números

Segundo o site oficial da Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores – existem mais de 22 mil universitários participando de cerca 700 empresas, desenvolvendo mais de 2.000 projetos anualmente.
Para saber mais sobre Empresas Juniores no Brasil, acesse o site http://www.brasiljunior.org.br/index.php.

(Colaborou a Assessoria da Fejesc)

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