Quando o sonho vira pesadelo

Como profissional contábil e empresário, assisti e participei de muitas histórias de sucesso de empreendedores dos mais variados ramos de atividade. Vi pequenas empresas crescerem, gerando riquezas e empregos. É difícil explicar quais os principais motivos que levaram estas empresas ao sucesso, pois muitas vezes outros empreendedores, teoricamente, até mais capacitados e com mais recursos disponíveis, sucumbiram antes de saborear os frutos do seu trabalho e nunca mais voltaram a empreender devido ao trauma gerado.

Por ISAAC RINCAWESKI

Como profissional contábil e empresário, assisti e participei de muitas histórias de sucesso de empreendedores dos mais variados ramos de atividade. Vi pequenas empresas crescerem, gerando riquezas e empregos. É difícil explicar quais os principais motivos que levaram estas empresas ao sucesso, pois muitas vezes outros empreendedores, teoricamente, até mais capacitados e com mais recursos disponíveis, sucumbiram antes de saborear os frutos do seu trabalho e nunca mais voltaram a empreender devido ao trauma gerado.
O empreendedor, muitas vezes não é compreendido por seus familiares e amigos, que não conseguem enxergar o que ele vê. Essa falta de apoio acaba desestimulando muitos negócios promissores devido à grande carga de responsabilidade que recai sobre ele, que muitas vezes é responsável pela maior fonte de recursos financeiros da família.
Então, na maioria dos casos, você tem somente uma única oportunidade de tentar e acaba apostando todas as fichas em um negócio que, naquele momento, naquele local, ou devido a outras circunstâncias - internas ou externas -, não teve o resultado esperado. No desespero, você pede dinheiro emprestado, primeiro aos bancos, depois aos amigos e num último e desastroso ato, aos agiotas.
Aquilo que seria o negócio de sua vida acaba virando um enorme pesadelo. Você já não tem mais controle sobre a situação e acaba virando bombeiro. Ou seja, vive tentando apagar incêndios que você mesmo causou.
Esta situação é muita parecida com a que ocorreu às pessoas que perderam muito dinheiro na Bolsa de Valores devido à última crise financeira mundial. Não souberam ou, principalmente, não foram disciplinadas o suficiente para sair na hora certa.
Um negócio ou investimento deve ser encarado de forma racional. Assim como você não pode se apaixonar por uma ação, que nada mais é do que uma pequena parte de uma empresa, da mesma forma, deve encarar o seu negócio. Ou seja, quando você inicia um negócio ou compra ações de uma empresa, você deve estipular um limite para possíveis perdas e a partir daquele sinal, usando linguagem dos investidores, "dar um stop na operação" – cair fora o mais rápido possível. Você pode ter certeza, as perdas são mais prováveis do que os ganhos. Basta verificar os índices de mortalidade das pequenas empresas no Brasil – são altíssimos.
Excetuando-se os Governos - que gastam mais do que arrecadam - não conheço nenhum negócio que tenha vida longa sem gerar resultados positivos regularmente. Portanto, não arrume desculpas para justificar os seguidos aportes de capital, principalmente se você não dispuser desse dinheiro – como acontece na maioria dos casos –, sem comprometer o seu patrimônio.
É preciso muita determinação e coragem para iniciar um negócio. Mas também é necessário muita sabedoria e desapego para saber o momento de sair dele. Pense nisso e bons negócios!

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